terça-feira, 5 de agosto de 2014

RESENHA: MORTE SÚBITA - J.K.R Fronteira)


Oi, pessoal! ;3

Para começar a semana com chave de ouro, vou falar sobre o comentadíssimo MORTE SÚBITA da J.K. ROWLING, lançado pela NOVA FRONTEIRA. Após ANOS de espera por alguma novidade da autora, ela brindou seus fãs com um livro adulto e uma linguagem completamente diferente da que conferimos em HARRY POTTER.

Nesse momento sou obrigada a perguntar: posso dar nota 11 para o livro?

Morte SúbitaSINOPSE: Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra. Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos.

Li muitas críticas negativas sobre esse novo trabalho da ROWLING, porém minha opinião é totalmente contrária a da maioria. Eu AMEI MORTE SÚBITA e assim que terminei o livro morri de vontade de começar a ler de novo.

Obviamente, não podemos comparar esse livro com a série do bruxinho, e isso foi o que mais me fascinou nessa incrível mulher, saber que ela pode escrever de tudo, e que tudo sempre sai maravilhoso e perfeito.

Confesso que quando vi várias informações negativas sobre o livro fiquei com o pé atrás. Tanto que protelei ao máximo sua leitura e me arrependi horrores. Devi tê-lo devorado assim que passou por minha porta.

Acredito que a maioria saiba do que se trata o livro. Em poucas palavras:MORTE SÚBITA vai falar sobre a reação de alguns membros de uma cidadezinha na Inglaterra que se deparam com a morte súbita de Barry Fairbrother, um membro do Conselho da cidade.

O principal motivo de eu ter IDOLATRADO o livro foi por seu lado político. Com a morte do conselheiro, alguns personagens começam suas campanhas para tomar seu lugar. O interessante é que ROWLING vai expondo essas personagens, suas relações familiares e de amizade, seu envolvimento com o trabalho e a sociedade, de forma bastante escancarada, o que acabou por cansar alguns leitores, já que temos páginas e mais páginas com as mais infinitas e detalhadas descrições de tudo. Como eu acho que quanto mais detalhado melhor, fui saboreando cada pedacinho da vida dos conselheiros da cidade, seus pensamentos, suas atitudes e o lado que tomariam.

O mais interessante é que a autora não explora um lado bom e outro ruim dos “políticos”, o que ela faz é expor dois pontos de vista sobre um problema que envolve a cidade. A cidade em questão é Pangford, que anos atrás “ganhou” Fields como parte de suas terras. Fields é um bairro pobre, onde drogados, miseráveis, desempregados e gente que vive de assistência gratuita mora. Além disso, conta com um hospital que trata dependentes químicos. O que parte do Conselho de Pangford quer é incorporar Fields e suas responsabilidades para uma cidade vizinha. Ocorre que Barry (o defunto), era contra isso, e dizia que tinham que manter Fields em Pangford e ajudar a população.

Nessa onda política, ROWLING vai apresentando os mais diversos personagens: dependentes químicos, assistentes sociais, viúvas, vizinhas fofoqueiras, amantes, adolescentes maldosos, personagens que sofrem de TOC, e as mais variadas personalidades que permeiam uma cidade de interior onde todos se conhecem. A vida de cada um desses personagens é bastante aprofundada e enriquece muito a leitura, que conta com cenas de sexo, violência, drogas, bullying, etc. A crueldade de algumas cenas chegam ser chocantes e nos deixam fortemente emotivos.

Mesmo com algumas atitudes completamente erradas de alguns personagens, era impossível não sentir empatia, ou até mesmo pena, por eles. Algumas palavras e situações chegaram a me doer no coração enquanto lia.

Fiquei fascinada com a forma como ROWLING conseguiu explorar tantas personalidades e ainda assim inseri-las no contexto principal: o político. Outro ponto que me deixou de queixo caído foi ver que a política nas cidadezinhas da Inglaterra não diferem muito da política das cidadezinhas brasileiras. Como muito sabem, moro em uma cidade com menos de 7 mil habitantes e na época da política vivemos situações muito parecidas e algumas até piores e mais cruéis das que a autora escreveu em MORTE SÚBITA. Talvez por vivenciar de perto a premissa tão realista que a autora explorou, sou obrigada a perguntar novamente: posso dar nota 11 para o livro? Porque é essa a nota que ele merece, e é por isso que está entre meus favoritos.


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